O recurso da portaria remota vem ganhando espaço entre condomínios residenciais, sobretudo por gerar uma considerável redução de custos. O sistema substitui porteiros presenciais por agentes que abrem e fecham portões de pedestres e garagens e monitoram, virtualmente, o local 24hs.

Tudo é controlado por meio de câmeras, sensores de movimento e sistemas de voz e, ainda que o porteiro não esteja presente fisicamente, são realizadas as mesmas funções:

• Controle da entrada e saída de pessoas;
• Comunicação com os condôminos;
• Atendimento de visitantes.

A portaria remota, contudo, só será eficiente se o condomínio tiver o perfil adequado para contratar esse tipo de serviço. É fundamental que os moradores estejam realmente comprometidos em cumprir os protocolos de segurança.

Qual seria o quórum de aprovação para a implantação de uma portaria remota?

Se na convenção constar que o condomínio tem porteiro presencial 24hs, é necessário quórum de 2/3 dos condôminos para a aprovação da portaria remota.

Se a convenção for omissa com relação a esse ponto, qual seria a melhor conduta?

O assunto é controverso. Há quem defenda que basta a aprovação de 50% + 1 dos condôminos votantes na assembleia que discutirá essa mudança. No entanto, esse posicionamento pode ser temerário, tendo em vista que, muitas vezes, são poucos os moradores que comparecem às reuniões de condomínio.

Por outro lado, há uma outra corrente, mais predominante, que alega ser necessário o quórum de 50% + 1 do total de condôminos para a aprovação da alteração para a portaria remota, o que nos parece ser a conduta mais prudente, tratando-se de uma mudança que impactará diretamente na rotina da coletividade condominial.

De qualquer forma, é esse último quórum que prevalece, obrigatoriamente, se houver a necessidade de realização de obras para a implantação da portaria remota, tendo em vista que essas obras são consideradas úteis.

Recomendamos, também, a realização de enquetes prévias à assembleia, para verificar o interesse da maioria. Através de nosso portal ou pelo APP UPTOWN, é possível criar essa consulta aos moradores, para que haja uma estimativa do percentual daqueles que estão dispostos a aderir a esse novo modelo de portaria.

Vantagens e desvantagens da portaria remota

Conforme já foi dito, esse sistema de portaria só será eficiente se houver engajamento dos condôminos. É necessário que todos estejam comprometidos a cumprir o protocolo de segurança imposto pela mudança.

É necessário, ainda, considerar os prós e contras desse sistema.

Principais pontos positivos da implantação de portaria remota:

• Redução das despesas com folha de pagamento e dos riscos de processos trabalhistas contra o condomínio;

• Segurança: é possível dificultar a invasão de criminosos, tendo em vista que, muitas vezes, o porteiro é o primeiro a ser rendido. Outro fator que reduz esse risco são os códigos de acesso ao edifício;

• Possibilidade de acionamento da segurança ou da Polícia com maior rapidez.

Principais pontos negativos da implantação de portaria remota:

• Dificuldade de adaptação de condôminos mais resistentes ao sistema;

• Interrupção em caso de falta de energia: o monitoramento desse tipo de portaria  depende da internet. Em caso de falta de energia no edifício, a empresa contratada deve enviar um profissional ao local, para que realize as funções da portaria, até que o problema seja resolvido. Desse modo, é necessário confirmar, no momento da contratação, quais são as medidas adotadas para esse tipo de situação;

• Necessidade da presença dos moradores para o recebimento de correspondências e encomendas, quando não houver zelador no edifício.

Desse modo, cabe a cada condomínio avaliar os prós e contras da portaria remota, a fim de analisar se o prédio realmente tem o perfil para aderir a essa inovação.

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